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AGEO arremata terminal portuário em Santos com lance de R$ 210 milhões

A empresa Ageo arrematou o terminal para movimentação de granéis líquidos no porto de Santos, na Ilha Barnabé, em leilão realizado nesta sexta-feira, na B3. A companhia fez uma oferta ousada para conseguir vencer a Granel Química, atual operadora do terminal. Ofertou de saída outorga de R$ 200 milhões contra R$ 142 milhões da Granel e, no leilão viva-voz, acresceu de uma vez R$ 10 milhões, arrematando o terminal por R$ 210 milhões. A variação mínima na disputa viva-voz era de R$ 2 milhões por lance. A Granel só fez uma oferta no viva-voz, de R$ 202 milhões. Outra interessada, a Cattalini, cuja proposta foram de R$ 20 milhões, não ofereceu lance no viva-voz.

“Foi uma satisfação ter recebido três propostas e ter tido esse valor de outorga. A ideia é cada vez mais aumentar essas parcerias não só na área portuária, mas na ferroviária, rodoviária e aeroportuária”, disse o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro.

O terminal consiste em uma área nobre no porto de Santos, na Ilha Barnabé, e foi licitado porque o prazo do contrato venceu. O contrato será válido por 25 anos, podendo ser sucessivas vezes renovado até o limite de 70 anos. O valor global ao longo do contrato é de R$ 1,3 bilhão, referente ao que a arrendatária deverá pagar à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o porto, durante os 25 anos. São R$ 116 mil por mês referente ao arrendamento fixo e R$ 4,50 por tonelada de qualquer carga movimentada, a título de arrendamento variável.

O presidente da holding Empresas Brasileira de Terminais, David Barioni, que controla os terminais da Ageo, disse que a conquista do terceiro terminal da empresa nesse porto faz do grupo o maior operador de granéis líquidos em Santos. A Ageo já opera duas instalações no cais santista, próximas do novo negócio.

Com o ativo arrematado nesta manhã, na B3, a companhia passa a ter 441 mil metros cúbicos de capacidade estática em Santos para armazenagem e movimentação de combustíveis e químicos. Mais as expansões previstas para ficarem prontas em junho de 2019, serão 500 mil metros cúbicos no total.

Além da outorga (a ser paga com 25% no ato e cinco parcelas de 15%), a empresa terá de investir em uma capacidade estática mínima de 97,7 mil metros cúbicos no terminal, o que, pela avaliação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), equivale a um desembolso de R$ 198,2 milhões.

Questionado se pretende comprar a tancagem existente no terminal – os 99 tanques são de propriedade da Granel – ou se irá reconstruí-los, Barioni disse que isso ainda não está decidido. “Agora vamos sentar, fazer as contas e conversar”, disse. A empresa tem capital fechado e pertence a um acionista, a empresária Cinara Ruiz. Barioni não revela o faturamento do grupo, mas afirma que se trata de uma companhia média.

De acordo com ele, a prioridade da Empresa Brasileira de Terminais é no porto de Santos. “Estamos agora focados neste projeto, que deve levar um ano, até que a gente possa pensar em outros caminhos”, afirmou.

Ainda neste ano o governo deve lançar um edital para leiloar uma área contígua ao terminal arrematado pela Ageo. Trata-se da antiga área da Vopak. Questionado se tem interesse em disputar o empreendimento para adensá-lo, o executivo disse que ainda não se deteve sobre esses estudos. “Estamos totalmente dedicados ao terminal que acabamos de arrematar. Temos uma tarefa muito grande a fazer”.

Fonte: Valor Economico ( https://valor.globo.com/empresas/noticia/2018/09/28/ageo-arremata-terminal-portuario-em-santos-com-lance-de-r-210-milhoes.ghtml )

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